sexta-feira, 16 de maio de 2008

Acompanhando a questão do petróleo



Os records atingidos pelo preço do barril do petróleo nos últimos dias têm assustado o mercado mundial. O último alarde foi quando superou a casa dos US$120 o barril. Um dos grandes problemas que circunda o setor de energia é a especulação, que gera instabilidade e vulnerabilidade nos mercados e bolsas de valores.
Na semana passada, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, disse que o preço do petróleo continuará “elevado e mais volátil”, isso porque “há oferta e demanda para esses preços”. Segundo Gabrielli o aumento não seguirá e tende para uma estabilização para esses preços altos.
O que os analistas procuram é tentar entender essa elevação. Alguns justificam que os aumentos refletem conflitos na Nigéria (que provocou interrupção no bombeamento de 600 mil barris por dia), também uma possível greve em uma refinaria na Escócia e a desvalorização do dólar ante o euro. Essas questões deixam claro que a alta tem como pano de fundo a relação entre oferta e demanda de petróleo. Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch & Associates, disse que o preço do petróleo bruto dobrou nos últimos 14 meses e ainda se acredita em um crescimento de 1,4% na demanda global. Se a demanda atual aumenta e a oferta não, a tendência lógica é os preços subirem. Para agravar a situação, organizações como Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não dão sinais de que ampliarão a exploração. Além disso, há países que demandam compras pesadas do produto, como a China.

Reflexos da crise no Brasil

O último aumento que a Petrobrás fez foi em 2005, ano em que o barril do petróleo no mercado interno era de US$60 e no internacional era de US$100. O presidente da Petrobrás acredita que há a necessidade de repassar o aumento atual para o mercado interno. Isso porque 70% dos custos da Petrobrás na área de produção de petróleo estão ligados ao preço da commodity no mercado externo. Ele ressalta que não haverá a curto prazo novos reajustes. “Nossa política é acompanhar a longo prazo”.

Fontes: Jornal "O Estado de S. Paulo"
"Folha de S. Paulo"
" Valor Econômico"

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Brasil é elevado na categoria de grau de investimento

Na quarta-feira, 30, a agência Standard & Poor’s (principal provedora de informações para os mercados financeiros globais, e também a principal fonte de ratings de crédito, índices, pesquisas de investimento, avaliações de risco e dados) elevou o país para o primeiro nível na categoria de grau de investimento.
A elevação para a graduação BBB- demonstrou a confiança dos investidores na política econômica do Brasil. Essa confiança foi motivada pela política desenvolvida, associando à lei de responsabilidade fiscal, a meta inflacionária e um regime flexível de câmbio. Anoop Singh, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirma que “A nova qualificação do Brasil deve estimular os investimentos estrangeiros na maior economia da América Latina". Além disso, essa elevação fortalece as bases para a realização das reformas que ajudarão o país a alcançar seu potencial total.

Fontes: "Valor Econômico" e jornal "O Estado de S. Paulo"