sexta-feira, 29 de agosto de 2008

E a discussão em torno da pré-sal continua


A discussão sobre o futuro da exploração da camada pré-sal continua na mídia. Na segunda-feira divulgou-se nos jornais de Economia a questão da mudança na maneira de fazer a contabilidade da Petrobrás. A contabilidade pública atual passará por mudanças para que possam possibilitar os imensos investimentos que a Petrobrás terá de fazer para explorar a camada pré-sal.


Atualmente a Petrobrás e todas as empresas estatais vivem uma limitação, pois seus investimentos são contabilizados como despesas públicas. Ou seja, quanto mais elas investem, mais empurram para baixo o superávit primário. Como existem metas para esse superávit, a empresa limita seus investimentos para não transgredi-las. De acordo com o anúncio feito na semana passada pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, a Petrobrás será isenta da contabilidade pública. Conseqüentemente a empresa poderá voar mais alto.


Além disso, na terça-feira o presidente Lula foi ao 18° Congresso Brasileiro no sul do país e mostrou que está preocupado com o assunto. Lula respondeu às criticas da exploração da camada pré-sal explicando que não irá exportar a matéria prima do produto encontrado, mas sim que exportará produtos com valor agregado, como a gasolina premiun. “Queremos produzir com valor agregado. Vamos ter refinarias para produzir gasolina premiun para exportar para a Europa e para os EUA. Não vamos ser exportadores de óleo cru”. Além disso, Lula assegurou que a extração do petróleo da pré-sal vai geral maior estabilidade para o país.


Já na quinta-feira saiu nos jornais, como O Estado de S. Paulo e Valor Econômico, as três opções que o Planalto deu para solucionar a questão do pré-sal. A Comissão Interministerial que discute mudanças no marco regulatório do petróleo tem três alternativas para resolver o impasse da exploração do petróleo localizado abaixo da camada pré-sal.


A primeira delas é: permitir que a União abra mão das reservas localizadas próximas das atuais descobertas, em troca de novas ações da Petrobrás. A segunda é: formar a empresa estatal petrosal e, por meio dela, transformar a União em sócia nos blocos descobertos. E a terceira discute o aumento dos royalties e das participações especiais da União.


Dentre essas três propostas a que apresenta maior possibilidade de entrar em vigor é a primeira. Nem a União se prejudicará, nem a empresa e nem mesmo o investidor. De acordo com a reportagem “Planalto tem três opções para présal” do jornal O Estado de S. Paulo, a cada emissão de ação para o governo, outra ação será disponibilizada para o mercado, mantendo assim a proporção da distribuição do capital da empresa: 68% de capital privado e 32% do governo federal.
Fontes: O Estado de S. Paulo
Valor Econômico
imagem: Globo online

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Mais uma carta à OMC


Os subsídios internos norte-americanos para os seus produtores de algodão levam o Brasil a reabrir disputa contra os EUA.
O Brasil, que em 2005 teve prejuízo de US$ 4 bilhões devido ao mesmo subsídio, pediu em carta à OMC que reavaliasse o pedido feito há 4 anos.
O país tomou essa atitude, pois na Rodada Doha os EUA não aceitaram a proposta de reduzir em 80% tais subsídios.
Assim, o fracasso na Rodada levou o Brasil a agir em vez de esperar por um acordo que talvez nunca acontecerá, visto que o algodão é um dos principais produtos agrícolas dos EUA.

domingo, 24 de agosto de 2008

Por dentro da camada pré-sal

Um dos assuntos que mais está na mídia é a exploração da camada pré-sal. A Petrobrás encontrou no ano passado a presença de petróleo nesta camada. Para melhor entendimento do assunto, primeiramente explicarei o que é esta camada para depois explicar o que está em debate.

A camada pré-sal tem uma extensão de 800 quilômetros e localiza-se entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina. O petróleo encontrado localiza-se a mais ou menos 5 mil metros de profundidade abaixo dessa camada, a qual tem a função de conservar a qualidade do petróleo, segundo geólogos.

Nessa região há uma vasta quantidade de petróleo, tanto que pode fazer com que o país passe da 24ª posição dos países com maior reserva de óleo e gás do mundo para a nona ou oitava posição (ocupadas atualmente pela Nigéria e Venezuela).

O que está em voga é como será a exploração dessa riqueza, também o destino da verba e se haverá ou não a criação de uma estatal para exploração. Alega-se que há a necessidade de mudança na legislação, em cláusulas como o modelo de leilões, a partilha da produção e o destino dos recursos arrecadados.

O presidente Luis Inácio Lula da Silva disse, numa visita feita ao Ceará, na quarta-feira dia 20, que até agora apenas criou uma comissão interministerial incubida de entregar a proposta para o melhor aproveitamento das riquezas do pré-sal e que após isso o assunto será levado à sociedade para debate. Afinal ele acredita que uma riqueza dessa possa ser a solução para o problema educacional e para a pobreza no Brasil.


Fontes: O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e Folha de S. Paulo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Para entender um pouco sobre a Rodada de Doha

A Rodada de Doha é uma série de debates mediados pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em torno de regras para facilitar o comércio internacional. Recebe esse nome pois o início das discuções começaram em Doha, capital do Qatar, em novembro de 2001.
Inicialmente tinha como objetivo a discussão e aprovação de um conjunto de decisões a respeito de regras mais flexíveis, que facilitariam o comércio entre os Estados membros da OMC.
Mas o acordo já deveria estar em prática, pois o prazo de fechamento previsto era até 2005.
A falta de consenso entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento tem adiado um resultado final.
Só para ter uma idéia, depois da reunião em 2001, os países participantes do debate já se reuniram em Cancún (2003), Genebra (2004) e Hong Kong (2005), mas nenhuma delas conseguiram finalizar o tema.
A última tentativa foi feita em Julho de 2008 em Potsdam, Alemanha. O maior problema para o impasse nas negociações pode ser explicado se analisarmos que o mundo em 2001 era diferente. Ou seja, a rodada mantém propostas que não podem ser mais adequadas ao panorama mundial atual.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Queda no preço do petróleo derruba Bovespa

A queda do preço do barril do petróleo tem conseqüências para todos os setores. Se ele aumenta, puxa alguns setores e há alta na taxa da inflação anual; se ele baixa, derruba a Bovespa, por exemplo.

Tema de todos os jornais semanais, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) apresenta resultados cada vez mais negativos. Não se pode generalizar, já que há papéis de algumas empresas, como o da Petrobrás PN, que não apresentou tanta queda.

De acordo com uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo e outra do Estadão, o investidor especulador tem retirado seu capital investido em ações na Bovespa baseado, por exemplo na queda do preço do petróleo. Segundo Walter Mendes, superintende de Renda Variável do Banco Itaú, o raciocínio do investidor é o seguinte: O Brasil é exportador de commodities; se as cotações caem, isso é ruim para o país, conseqüentemente para suas empresas.

Essa insegurança nesse setor é normal, já que é um investimento de alto risco. Mas, segundo Rodrigo da Luz, operador da XP Investimentos, “esse momento é favorável na medida em que afasta os aventureiros”.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Uma Rodada com muitas voltas

Mesmo com as falhas nas negociações para salvar a Rodada de Doha, muitos países membros da OMC, inclusive o Brasil, ainda discustem as possibilidades de retomar a rodada.
Para o Brasil seria interessante o êxito nas negociações, visto que o país é um grande produtor agrícola e a rodadada visa diminuir as barreiras comerciais dos produtos agrícolas e indústriais em todo mundo.
A grande polêmica gira em torno de algumas regras no comércio agrícola que favoreceriam os países em desenvolvimento, considerada impraticável para os países em desenvolvimento.


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL704905-5602,00-RODADA+DE+DOHA+FRACASSA+APOS+SETE+ANOS+DE+NEGOCIACOES.html

http://economia.uol.com.br/ultnot/reuters/2008/08/11/ult29u62816.jhtm

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Eu, Ohanna Glännefors, fui convidada a fazer parte do Blog "In Economy" e minhas postagens seguirão a proposta inicial da criadora do Blog. Focarei meus comentários à assuntos relacionados ao câmbio do dólar na economia brasileira.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Objetivos

Eu, Rafaela Bertoloto, autora inicial do blog, refleti um pouco para definir os assuntos que aqui serão postados.
Acho que o foco será a Economia Brasileira e, qualquer outro tema que possa estar ligada a ela. Por exemplo: A bolsa de NY teve uma queda. A do Brasil também cai. Portanto, haverá uma matéria sobre isso.
Tentarei não somente reproduzir informações de outros meios, mas complementá-las com pesquisas.

Boa leitura a todos e espero receber comentários. ok?