domingo, 28 de setembro de 2008

Enquanto isso no Brasil...

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) deu declarações esta semana de que acredita que a crise americana não terá impactos significativos sobre o crescimento da economia brasileira. Segundo dados o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2008 deve ficar próximo da projeção divulgada em março pelo organismo, de 5,2%.

Leornado Mello, economista responsável pela análise do nível de atividade econômica, em entrevista ao portal G1, ressaltou que mesmo um crescimento zero nos dois últimos trimestres do ano já garantiria um avanço de 4,7% no PIB em 2008, enquanto uma desaceleração do ritmo para 0,5% em cada trimestre significaria um crescimento anual de 5,1% na economia.


Nonnenberg comentou que o maior impacto da crise americana deve ocorrer sobre o fluxo comercial brasileiro, via queda dos preços das commodities. Para ele, as exportações brasileiras devem sofrer influência mais forte, mas apenas no ano que vem.

Apesar da suposta tranquilidade das autoridades, que acreditam que em médio e longo prazo as perdas nas ações será recuperada, algumas empresas de exportação está sofrendo muitas perdas em suas ações.

A Aracruz reconheceu que algumas de suas aplicações financeiras foram fortemente influenciadas "pela recente instabilidade das cotações do dólar norte-americano decorrente do momento de grande volatilidade dos mercados mundiais".

A Sadia é outro exemplo de empresa que perdeu com a crise. Esta semana revelou que perdeu R$ 760 milhões com a crise internacional. Em comunicado ao mercado, a Sadia justificou o prejuízo devido à "severidade da crise internacional e da alta volatilidade da cotação da moeda norte-americana".

Ainda para amenizar os efeitos da crise, o Banco Central brasileiro decidiu colocar R$13,2 bilhões de reias no sistema financeiro brasileiro esta semana. A medida foi tomada para ajudar os bancos brasileiros a capturar recursos de depósitos no BC. Além disso, foram tomadas outras duas medidas para preservar o sistema financeiro nacional. A primeira delas é a liberação de R$5,2 bilhões que deveriam ser transferidos ao BC na forma de compulsório adicional ( regra estabelecida pela autoridade monetária para controlar o volume de dinheiro no mercado). A segunda decisão adia o cronograma para recolhimento do compulsório sobre depósitos de empreasa de leasing.

O Brasil está em uma posição favorável pois possui ainda reservas que estão aliviando os efeitos da crise. A situação só se tornará grave para o país se o preço das commodities ( produtos com preços definidos no mercado internacional) cair. E se estes preços cairem, consequentemente as ações também vão cair, causando prejuízos ao Brasil.

O socorro há de esperar

Essa semana foi muito agitada para os assuntos econômicos. Agitos, reuniões e declarações, mas até agora nada saiu do papel. O objetivo inicial era para sexta-feira dia 19, mas devido a embates entre republicanos e democratas, e ainda entre senadores, o plano não foi aprovado.Estamos falando do plano de salvação proposto por Bush.

Henry Paulson, secretário do Tesouro americano, apresentou o projeto que pede a liberdade irrestrita ao Tesouro para comprar dos bancos títulos lastreados em hipotecas e outros papéis desvalorizados e poucos líquidos. Os democratas exigem que o pacote inclua a recompensa de hipotecas inadimplentes e refinanciamento para os mutuários – nos moldes de Home Owners’ Loan Corporation, agência criada durante a Grande Depressão nos anos 30 para refinanciar as hipotecas e evitar execuções. Além disso, estudam impor duras restrições ao pacote. Uma das exigências é a de que os US$ 700 bilhões pedidos pela Casa Branca, seja liberado em partes, e não de uma vez só. Outra opção discutida entre os democratas seria uma rápida votação sobre um trecho dos fundos buscados pela administração. O restante ficaria para mais tarde.

Ben Bernanke, presidente do Fed, apóia o plano do Tesouro para comprar títulos ligados às hipotecas sem liquidez e antecipou um cenário econômico pessimista caso nada seja feito para melhorar o Sistema Financeiro. “A intensificação do stress nas últimas semanas, que deixa os credores ainda mais cautelosos em estender créditos a famílias e a empresas, pode ser um obstáculo significativo ao crescimento”, disse.

Esse foi o resultado da reunião de sexta-feira, dia 26. A promessa é de aprovação desse pacote para essa semana mas o que resta é esperar para ver.

Alusão ao passado

O Banco Mundial (Bird) reconheceu que o sistema econômico mundial precisa ser repensado e um novo “Bretton Woods” precisa existir para que haja um acordo de cooperação entre os países. Um estudo ainda mantido em sigilo pelo Banco Mundial alerta que a atual estrutura internacional não é capaz de dar uma resposta aos desafios colocados pelo sistema financeiro que se implantou no mundo nos últimos anos.

No dia 1º de julho de 1944, em Bretton Woods, Estado de New Hampshire (EUA), foi iniciada uma conferência de 22 dias que acabou na criação do FMI e do Banco Mundial. Hoje, economistas do próprio banco admitem a necessidade de uma revisão.

“Hoje o que temos no mundo são instituições que promovem a liberalização de vários setores do mercado. Há uma cooperação internacional para debater a abertura do sistema. O que precisamos é de uma entidade ou de relações entre as entidades existentes que promovam a cooperação em prol de regulações das atividades financeiras”, alertou Aaditya Matoo, economista do Banco Mundial.

Quanto realmente valem US$ 700 bi?

Mais de US$ 2 mil para cada cidadão americano;
PIB da Argentina e do Chile juntos
70% do PIB do Canadá
Mais de 40 vezes o que a Nasa gastará neste ano fiscal.

(Fonte: "O Estado de São Paulo")

domingo, 21 de setembro de 2008

As conseqüências da quebra de um banco


Na segunda-feira, 15, o mundo presenciou um dos maiores ápices da crise financeira norte-americana. Foi decretada a falência do banco Lehman Brothers. Com 158 anos de atividade, a instituição foi derrubada pela crise das hipotecas de alto risco, o subprime, e acumula US$ 85 bilhões em ativos podres, principalmente o de caráter imobiliário. A solvência do Lehman – o quarto maior banco de investimentos americano – pode ter efeito devastador sobre o mercado financeiro mundial.

A quebra do banco de investimentos Lehman Brothers disseminou o temor sobre a saúde do sistema financeiro americano e provocou, pelo mundo, a maior queda (-7,59%) das bolsas de valores desde o ataque às torres gêmeas do World Trade Center.

"O mundo está caindo, mas não é surpresa. Tínhamos de passar por essa limpeza, com alguns bancos quebrando e outros sendo comprados. Quanto mais rápido for esse processo, mais rápido os EUA saem da crise", diz Celso Amorim

Para tentar sair dessa crise, o governo americano tem tomado atitudes emergenciais. Uma delas é o socorro que os Bancos Centrais das maiores economias tem prestado ao mercado financeiro. Esses bancos injetaram US$ 210 bilhões para acalmar o nervosismo no mercado interbancário. O Federal Reserve (Fed) entrou sozinho com 50 bilhões. Somados o Banco da Inglaterra (BoE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BoJ) aplicara, 160 bilhões. Segundo Roberto Padovani, economista-chefe do banco WestLB, “essa atitude é fundamental para evitar a quebra em cadeia das instituições. Não se trata apenas de atuar no lado psicológico, mas de real escassez de liquidez, o que faz o bancos não terem como honrar os compromissos”.

Além dessa medida emergencial, o tesouro americano injetou US$ 40 bilhões no Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) para que esse banco consiga resgatar as instituições financeiras que quebraram nos últimos dias e outras que terão problemas em breve. Esse empréstimo foi feito, pois acredita-se que as reservas do Fed estão baixas, já que nos últimos seis meses emprestou US$ 29 bilhões para o JPMorgan, US$ 200 bilhões para a gigante Fannie Mae e Freddie Mac, dentre outros grandes empréstimos.


No Brasil


O Brasil tem conseqüências diretas dessa crise financeira nos EUA, mas o ministro da fazenda, Guido Mantega, acredita que se fosse em outro momento, a economia brasileira já “estaria de quatro”. Segundo ele, isso se deve porque hoje há melhores fundamentos fiscais e monetários, que possibilitam maior estabilidade à nossa economia. Ele disse no 5º Fórum de Economia realizado pela Escola de Economia de São Paulo e pela Getúlio Vargas, que a economia está estável e agüenta crises mais extensas, a única mudança é que a empresa brasileira vai substituir o mercado externo pelo interno.

Corrida de tartaruga

Nesta quinta-feira, 18 de setembro, foi publicado o resultado da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilio), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa, que tem o ano referência como 2007, teve 147.851 domicílios visitados em todo o país e 399.964 pessoas entrevistadas. A Pnad é publicada anualmente e é considerada o mais amplo levatamento sobre a realidade do País. Os dados apurados são em relação ao acesso a bens e serviços, abrangência da educação, panorama do mercado de trabalho e a evolução da renda do trabalhador. Além disso, mostra aspectos demográficos como fluxo migratório e taxa de natalidade. Estes dados são usado para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e informações sobre cultura e projeções da população.

Em uma avaliação geral os resultados no campo econômico da Pnad foram positivos. O índice de formalização do emprego foi recorde no ano passado, com 35,7% de trabalhadores registrados. O npumero de ocupados cresceu 4,6% no período em relação a 2006. Outro dado positivo foi a redução no número de crianças entre 5 e 17 anos que trabalhavam. O decréscimo foi de 171 mil em relação a 2006.

Apesar dos números positivos, esse avanço não foi tão significativo na área social e de igualdade. A pesquisa deste ano revelou que o Brasil se desenvolveu mais e que a desigualdade caiu, porém este avanço social é quase insignificante. Segundo Eduardo Giannetti da Fonseca, economista e professor do Ibemec - São Paulo, em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, é preciso uma reforma no mercado de trabalho. "Melhorias como o aumento de renda e do emprego formal não são suficientes para elevar a situação do país ao de nação desenvolvida nos próximos anos". Ele acredita que os números são positivos, mas o ritmo da melhoria é muito lento. "Em um ano excepcional para a economia que foi 2007, em que o PIB cresceu 5,2%, as melhorias são muito tímidas do ponto de vista social", diz. Apenas 35% da população economicamente ativa no Brasil tem uma situação regular de emprego.

A pesquisa revela que, no ano passado, ocorreu a maior redução na diferença entre ricos e pobres no Brasil desde 1990. A Pnad também revela que o índice de analfabetismo no Brasil diminuiu, colocando o País em 15° lugar em proporção aos países da América Latino e Caribe.

Um ponto positivo revelado pela pesquisa é que a cobertura prevdênciária e a rede de esgoto passaram de 50% em melhorias nas regiões Sul e Sudeste.

Giannetti reforça que o Brasil se aproxima de muitos países ricos em alguns indicadores, porém no quesito de distribuição de renda e recursos é como a de países muito pobres e em condições sociais muito limitadas. Segundo a pesquisa, o aumento no rendimento médio real dos trabalhadores nos últimos quatro anos foram insuficientes para recuperar as perdas ocorridas entre 1996 e 2003. Este ano, a renda dos ocupados chegou a R$ 960,00. Valor ¨% inferiror à de 1996 (R$ 1.023,00).

O presidente do IBGE, Eduardo Nunes, declarou que que os dados revelados pela Pnad mostram um cenário "muito positivo". "Ainda temos 14 milhões de pessoas no país que não sabem ler nem escrever um bilhete simples. A maioria são gerações anteriores, que não tiveram acesso ao ensino, hoje mais universalizado. Mas esse indicador ainda é muito alto", afirmou Nunes.

A realidade é que nós estamos evoluindo, mas como em uma corrida de tartaruga. Nos resta acreditar na fábula da lebre e da tartaruga, na qual a tartaruga acaba vencendo a corrida contra a lebre. Ou seja, devemos acreditar que devagar se vai ao longe? Há esperança.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Terremoto Financeiro

Ontem o mercado financeiro sofreu uma forte turbulência, isso ocorreu devido à crise atual, que dura 13 meses, e que levou o quarto maior Banco dos Estados Unidos Lehman Brothers Holdings a falência.
No Brasil, as ações dos bancos brasileiros não ficaram imunes à crise. No final do pregão, as ações preferenciais do Bradesco perdiam 7% e a do Itaú despencava 7,9%. O Unibanco, que tem uma parceria com a maior seguradora norte-americana, a AIG, divulgou que o agravamento da crise nos EUA vai ficar restrita ao valor das ações, ou seja, ao investidor, pois os bancos brasileiros não vão enfrentar problemas operacionais.
Um dos desdobramentos da crise financeira são as bolsas do mundo inteiro mergulhadas no vermelho. A bolsa de Valores de São Paulo, BOVESPA, sofreu ontem a maior queda desde 11 de setembro de 2001, caindo 7,59%. Em Paris, 4,96%; Londres 4,8%; Índia, 5,4%; Taiwan, 4,1%; Austrália, 2%; e Cingapura, 2,9%.
O clima segue pesado. O banco central dos EUA, o Federal Reserve, injetou US$ 50 bilhões no mercado por meio de um leilão de recompra de títulos por um dia (overnight) para aliviar o estresse dos bancos na abertura dos mercados.
Na manhã de hoje, o Lehman entrou com um pedido de proteção sob a legislação de falências e concordatas no Tribunal de Falâncias do Distrito Sul de Nova York. Os principais bancos do mundo aguardam a resposta do pedido, já que a provável liquidação do banco americano vai causar prejuízos em todas essas instituições.

domingo, 14 de setembro de 2008

Caos na Bolívia; tensão na economia brasileira

Na manhã de quinta feira, 11 de setembro, manifestantes bolivianos interromperam um dos principais gasodutos de escoamento de gás boliviano para o Brasil, o Yacuíba - Rio Grande (GASYRG). Este gasoduto liga os campos produtores do sul da Bolívia com com Gasbol (Gasoduto Brasil-Bolívia). Com a paralisação, que durou 6 horas, o Brasil deixou de receber 3 milhões de metros cúbicos do combustível.
O Gasyrg é responsável por metade do gás enviado ao Brasil, que importa a média de 31 milhões de metros cúbicos por dia. A válvula foi fechada por opositores de Evo Morales.
Se o atraso para reabrir o gasoduto fosse maior poderia afetar o fornceimento de gás para o Rio de Janeiro e São Paulo.
Apesar de não ter ocorrido nenhuma conseqüência muito grave devido à paralisação, o governo brasileiro está em alerta e começa a pensar em planos de emergência. Uma das medidas que o governo diz que poderia ser tomada é o corte de gás para termoelétricas, de indpustrias e até de automóvies para compensar um possível agravamento na situação.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explicou que se a situação na Bolívia se agravar o Brasil será obrigado a colocar em vigor o plano de contingência que, entre diversas medidas, prevê a retirada dogás de todas as térmicas da Petrobrás e da Eletrobrás movidas a esse combustível.
Essa possível paralisação que o governo brasileiro vem prevendo pode ter efeito imediato para os fabricantes de cerâmica, vidros e produtos químicos. Estas empresas dependem do fornecimento de gás boliviano para continuar fabricando e distribuindo seus produtos.
A Petrobrás tem um plano de ampliação de infra-estrutura de transportes que tornaria o Brasil menos dependente do gás boliviano. Porém as obras estão atrasadas e tem planejamento de término somente para 2010.
A crise política da Bolívia está afetando a economia brasileira e enquanto esta instabilidade do governo Evo Morales continuar, o Brasil deve ficar em alerta para não prejudicar sua produção e fornecimento. A tensão continuará, e segundo especialistas, por um bom tempo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Desempenho da Bolsa numa semana conturbada

Nos primeiros dias dessa semana, num movimento contrário às Bolsas de outros mercados, a Bovespa teve queda de 2,3%. Mesmo com a injeção de ânimo que o tesouro americano deu no setor das hipotecas, a bolsa de São Paulo não teve bons resultados. De acordo com analistas, essa queda não está só relacionada à crise no mercado dos EUA, mas também com a queda nos preços das commodities no mercado interno.

Já no fim da semana a Bolsa de São Paulo voltou a mostrar resultados positivos, fechando na quarta-feira com alta de 2,47% e na quinta-feira com alta de 3,3%. A Bolsa de Nova York teve grande influência nesse resultado, já que desde segunda-feira ela vem apresentando resultados positivos. Também teve importante papel a divulgação das estimativas das reservas do bloco Iara, no pré-sal. Analista desejam que essa tendência continue, já que na segunda-feira a Bolsa teve o seu nível mais baixo dentre uma década.

Injeção de ânimo no mercado americano

O Departamento do Tesouro americano assumiu o controle das duas maiores empresas de hipotecas do país. Juntas, a Fannie Mae e Freddie receberão 200 bilhões do Tesouro. Esse dinheiro será usado para eventuais compras de ações das empresas, que já funcionam como se fossem duas empresas estatais.

A Fannie Mae (Federal National Mortgage Association ou Associação Federal de hipoteca) foi criada em 1938. Suas ações sempre tiveram em alta, mas de um ano para cá teve uma queda de 88,66%. A Freddie Mac (Federal Home Loan Mortgage Comporation, ou Cooperação federal de hipoteca residencial) foi fundada em 1970. Assim como a Fannie, suas ações tiveram uma queda de 91,41% em um ano.

O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, acredita que essa injeção de capital evita a insolvência dessas companhias e o colapso do sistema financeiro. Ele afirmou que a “Fannie Mae e Freddie Mac são tão grandes e estão tão entranhadas em nosso sistema financeiro que a quebra de qualquer uma poderia causar uma grande turbulência nos mercados aqui e ao redor do mundo”.

Para os analistas de mercado a intervenção vai aliviar as preocupações e remover o véu de incerteza que o mercado detesta.


Entenda como funciona o mercado de hipotecas e o efeito do pacote de Bush

Primeiro o cliente faz o empréstimo bancário para comprar um imóvel. As agências hipotecárias compram as hipotecas dos bancos, que vão usar o dinheiro para fazer novos empréstimos. Depois disso a agência é quem recebe as parcelas do empréstimo. Se o cliente não pagar, ela é quem sai no prejuízo. O que o governo americano fez foi “fornecer” bilhões para as empresas para que elas consigam dar continuidade à operações.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

No topo do Ranking das que mais obtiveram queda

As empresas que mais perderam com a queda significativa da Bovespa:

Agrenco 95%
Parmalat 94,74%
Laep 87,70%
Inpar 82,49%
Ienergia 73,69%
Abyara 72,83%
Positivo 71,71%
Varig Transporte 69,80%
Eletropaulo 67,48%
Gol 66,27

Indícios de possível virada no panorama econômico

Mesmo fechando a sexta-feira no azul, a Bovespa não recuperou a baixa provocada pelo dólar.

A moeda norte-americana fechou em alta durante 5 dias consecutivos, o que gerou um aumento de 0,06%, sendo vendida a 1,718 (maior cotação desde o dia 3 de Abril). Conseqüentemente, a Bovespa não recuperou o saldo negativo da semana.

Os significativos 1,03% de alta na sexta não foram suficientes para balancear a perda de 6,72% acumulados na semana.

Diante desse quadro, investidores procuraram refúgio em ativos considerados mais seguros (como títulos norte-americanos) e deixaram de investir no Brasil, pelo fato do país ter um dos mercados com mais liquidez entre os emergentes.

Assim, os estrangeiros inverteram o jogo e estão apostando na alta do dólar em relação ao real.

Por outro lado, a alta repentina do dólar não levou o Banco Central a mudar sua postura. O Banco continua comprando dólar para reforçar suas reservas internacionais.

Lula lambuza as mãos com óleo da pré-sal


Nessa semana aconteceu a primeira retirada de óleo localizado abaixo da camada pré-sal na costa do Espírito Santo. Simbolizando o início da exploração, Lula lambuzou as mãos com o óleo, aludindo ao que já fez na conquista da auto-suficiência e também ao gesto que Getúlio Vargas.


Além do tom de euforia e empolgação do presidente, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, acompanhou o evento e aproveitou para fazer um discurso vangloriando esse momento. A ministra comparou o Brasil com o Sítio do Pica-Pau Amarelo que, em um episódio, jorrou petróleo pelo poço que ficava atrás do galinheiro.


Sobre a criação de uma nova estatal, o presidente Lula disse que mesmo se houver essa criação, a Petrobrás continuará com a hegemonia no setor. Além disso, afirma que a empresa é a mãe na industrialização no país.


Mesmo fazendo tantos elogios à Petrobrás, Lula não deixou de lembrá-los que é necessário que a empresa trace os planos de investimentos juntamente com o governo. O objetivo é beneficiar tanto o país como a empresa. Lula acredita que é preciso muito debate sobre o futuro do capital da exploração do óleo da camada pré-sal, caso contrário, nada será feito e a educação e a pobreza vão continuar do jeito que estão.